Eu nunca soube o que fazer com todas as lindezas que ficavam acumuladas nas canções que a vida silenciava. Quando resolvi questionar as letrinhas que ainda nem eram minhas, vi os ritmos milagrosos perderem o compasso do meu tempo. Foi quando aprendi que viver, além de não querer acompanhar todos os passos das vontades mais doídas é também desaprender um pouco de si. É permitir que o outro lhe ensine a cantar novos jeitos e risos. É ser asa para quem costuma perder o chão. É ouvir com dedicação e muita poesia, o próprio coração.
Priscila Rôde